Era apenas um garotinho de seus onze anos estudando a quinta série.
O Diretor da Escola pública dono de um bigodão imponente, era o
Sr Francisco (dava medo!). Cantar o Hino Nacional e à Bandeira
Sr Francisco (dava medo!). Cantar o Hino Nacional e à Bandeira
era de praxe.
Em um certo dia na "revista a tropa" (que costumava fazer de surpresa),
o Sr Francisco descobriu que o garotinho vestia um par de meias, cuja
cor não conferia com a obrigatória, ou seja, preta.
-Você, saia da fila e vá para o meu gabinete!
Após vários soluços e com a "tropa" toda dentro de suas respectivas
celas, digo, salas o Sr. Francisco chegou, o coração do menino parecia
saltar-lhe pela boca...
- Está suspenso por hoje, só volta amanhã e se trouxer o pai ou a mãe!
Ah, dez cópias do Hino Nacional e dez do Hino à Bandeira e
lógico: MEIAS PRETAS!
lógico: MEIAS PRETAS!
- Mas Senhor, minhas meias são pretas elas só estão desbotadas
porque minha mãe as lava todos os dias...
- Eu falei que as meias devem ser PRETAS, entendeu ou não?
Hoje, quando conto esta história para meus filhos eles demonstram
sua indignação:
-Pai, quanta ignorância, as meias ficam escondidas debaixo das barras
da calça, não faz a menor diferença para uma criança!
Filhos, aprendi que as leis devem ser respeitadas mesmo quando não
tem ninguém para observar!!!
É Erico, também sou desta geração, em 75 tinha 10 anos. Lembro-me bem das exigências na escola quanto ao uniforme, a educação física e claro, momentos cívicos. Disciplina havia e ninguém reclamava. Muita diferença de hoje em dia. Não tenho saudades de tempos de ditadura, de regras inflexíveis e de desrespeito aos direitos mais fundamentais do cidadão, mas que a gente entendia o que era respeito entendia.
ResponderExcluirQuanto às leis tenho que são para serem cumpridas, para tanto, acabei virando advogada. No entanto, muito me decepciona, hoje em dia, dos mandos e desmandos que se verificam em todas as instâncias deste nosso Brasil como se ela não valesse nada. Assim, cabe explicar aos nossos filhos, nossa futura geração, os valores nelas contidos e a necessidade de atendermos aos seus comandos. Estaremos assim dando nossa parcela de contribuição a um país melhor. Espero eu.
Muitos bjs. e obrigada pela tua presença constante por lá. Adoro teus comentários e tua companhia.
Érico, vindo conhecer seu cantinho, pois estou participnado do 2º Amigo Secreto de Natal.
ResponderExcluirAmei o conteúdo.
Abraços
Priscila Cáliga
Olá,
ResponderExcluirÉ importante cumprir leis... nos sentimos dignos de pertencermos à nossa condição de ser humano... porém... toda regra deve ser vista com carinho... com compaixão... como no caso em questão... caso contrário vira só moralismo não mais!!!
Abraços fraternos
Era apenas uma menina!rs
ResponderExcluirAh!meu amigo.Voltemos as velhas lembranças,aquelas do fundo do baú,aliás faz muito bem colocá-las pra fora de tempo em tempo.Limpezas emocionais,digamos!rs
Usava saia plinçada,acho que você se lembra como era o modelito das meninas;as saias não seriam mais plinçadas e sim lisas,cor azul marinho.Então!Minha mãe com algumas dificuldades,decidiu,desfazer as plinças com ferro quente,ferro a brasa,lembra?Tive que usar assim mesmo.não podia comprar outra.As meninas olhavam,entre si, falavam da minha saia lisa ainda com marcas das plinças.
Ano seguinte condições melhores;meu pai teve uma boa colheita(algodão) regalias,boa vida etc.
No período das vacas gordas;saia e meias novas bordadas, lindas!Um luxo!Enfim,regras,leis,tinham de serem respeitadas, pobre ou rico.
Como esquecer?!rs
Um sorriso largo pra ti Erico.
Oi, Erico! :)
ResponderExcluirSaudades do seu cantinho lindo!
E claro, me deu uma certa raiva ao ler o seu texto, uma certa indignação, pq é mesmo uma coisa terrível isso né?
Na minha época de escola, quando ainda era criança, tb enfrentei algo parecido com isso e hj me revolto muito!
Adorei ler o seu texto! Mexeu muito comigo...
Beijos, querido, e obrigada pelo carinho de sempre lá no meu blogue, mesmo em minha ausência. :)
Querido amigo, excelente texto. Beijocas
ResponderExcluirMuito bem, essa é a razão dum bom caráter, perfeito, abraço.
ResponderExcluirOlá, caro Erico.
ResponderExcluirSeu conto tem dois lados. Vivi um pouco dessa época na minha adolescência, e sei bem o constrangimento pelo qual passávamos. Na época, eu não aceitava isso muito bem.
Por outro lado, hoje vejo o quanto a disciplina era boa, pois nossa geração está muito mais responsável, principalmente se pensarmos no que se dará com essa geração de hoje, que não respeita a nada e ninguém. Basta ver a quantidade de agressões que os professores sofrem em salas de aula por todos os cantos.
Se me permite uma opinião, foi o maior erro aceitar o afrouxamento da disciplina. Temo que, dentro de pouco tempo, tenhamos que repensar esse fato e tomar medidas drásticas quanto a isso, pois a situação está ficando insuportável.
O que lí não é um conto, mas um convite (e muito sério) para uma reflexão conjunta e imediata.
Parabéns e um abraço.
Marcio
Oi!
ResponderExcluirFiquei chocada com a história!
Tenho verdadeira ojeriza por
qualquer tipo de repressão.
Creio que tive um pouco mais de sorte em relação a isso.
Porém fico "aliviada" em saber que crianças estão sendo educadas,
com consciência de que leis devem
ser respeitadas.
Aliviada sim,esta geração pode fazer o mundo melhor!
Abraços!!!
Poxa Erico que lição hein? Adorei a forma como ilustrou essa lição! Beijos
ResponderExcluirQue graça seus filhos, mas tiveram um lição de amor, mesmo depois de saberem desta radical história, se no Br os alunos respeitassem os professores igual antigamente, lógico que discilpina não precisava ser tão rigorosa ne, mas podiar se ter um equilíbio, lembro -me que venerávamos os professores, tudo seria diferente. épocas dourada ao menos a minha.rss.
ResponderExcluirvim brindar com vc, um brinde a nossa amizade e a troca de figurinha de conhecimento.
com carinho
Hana
A lei é para ser cumprida, mas esse diretor mas parecia ser um "CORONEL", ainda bem que não tinha um assim qdo estudava, tb sou dessa época.
ResponderExcluirbeijooo.
Que texto forte, Érico!
ResponderExcluirFiquei alguns minutos (vários, na verdade) refletindo sobre o que li, antes de começar a escrever. A disciplina é um ingrediente importante na construção do caráter de uma pessoa, mas não gosto de regras duras, fechadas, inflexíveis. Geralmente, por dentro de alguém assim, existe um intolerante, e intolerantes não aceitam bem as diferenças, e quem não aceita e respeita as diferenças, se julga acima (superior) dos outros. E é aí que mora o perigo! Valeu por ter provocado minha reflexão!!!
Ah, fico feliz de te encontrar no meu blog. És especial, amigo!
Sim, concordo as leis devem ser respeitadas mesmo quando não tem ninguém pra observar, mas e se o grarotinho não tivesse condições de comprar meias novas pra substituir as descoradas?
ResponderExcluirAinda bem que existem advogados de defesa.
As leis são maleáveis ao contrário desse diretor.
Deixo um abraço, e beijinhos mágicos!